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Os melhores álbuns brasileiros de 2023 indicados pela Bravo!

De Elza Soares, Martinho da Vila a Xande de Pilares, elegemos os discos que mais nos cativaram neste ano e merecem a sua atenção; Vote no seu preferido

Por Humberto Maruchel
Atualizado em 21 dez 2023, 10h21 - Publicado em 19 dez 2023, 11h42
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 (Melhores do ano 2023/Redação Bravo!)
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A música é nossa companheira constante, presente nos altos e baixos da vida cotidiana, seja nas tristezas, celebrações ou no trajeto para algum compromisso de trabalho. Em 2023, fomos agraciados com uma preciosa leva de novos álbuns, cada um trazendo uma perspectiva única sobre temas universais. Desde “Xande Canta Caetano” de Xande de Pilares até o póstumo álbum de Elza Soares, passando pelo segundo trabalho de Iza dedicado ao amor, cada lançamento acrescentou uma nota especial ao panorama musical deste ano.

Nossa lista, organizada em ordem alfabética por nome do artista, destaca alguns dos melhores álbuns nacionais lançados em 2023. Claro, muitos outros mereciam menção, mas escolhemos aqueles que nos cativaram profundamente em uma seleção cuidadosa da redação da Revista Bravo!. Esquanto lê a matéria, você pode ouvir uma ou mais músicas da nossa seleção e ainda votar no seu disco preferido na enquete do fim da matéria:

O Disco, de Banda Del Rey

Após duas décadas desde que foi formada, a Banda Del Rey lançou neste ano o seu primeiro álbum, “O disco”. Planejado durante a pandemia, a obra homenageia e se inspira na Jovem Guarda, embora conte apenas com a música “Ilegal, Imoral ou Engorda”, de autoria e Erasmo Carlos e Roberto Carlos. O disco de MPB traz também criações de Tim Maia, Helena do Santos, Renato Barros, entre outros.

No Tempo da Intolerância, de Elza Soares
Elza Soares deixou muita saudade quando faleceu em janeiro de 2022. Mas, felizmente, tudo indica que ainda escutaremos sua voz em canções ainda não conhecidas pelo público. Elza sempre compôs, mas muitas de suas músicas foram descartadas. Em “No Tempo da Intolerância”, álbum com 10 faixas, 7 delas foram compostas por nossa rainha, que combina perfeitamente o rock e a MPB.

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Orí Okan, de Iara Rennó
Em “Orí Okan”, disco de MPB, a cantora Iara Rennó trata de sua profunda relação com o candomblé, religião da qual faz parte há mais de 20 anos. Muitas das canções foram compostas nos terreiros, como saudações aos orixás. Nele, ela fez parcerias com Karina Buhr, Zé Manoel, Moreno Veloso, Anelis Assumpção, Céu e Thalma de Freitas.

Afrodhit, de Iza
Em seu segundo álbum, a cantora pop Iza fala das dores do amor, sobre os começos e fins. Para criar as faixas e temas do disco, ela se inspirou na deusa do amor, Afrodite. Ela chegou a afirmar que esse é o seu disco mais feminino e pessoal até o momento. O álbum mescla o pop com R&B contemporâneo e traz parcerias com Djonga, Tiwa Savage, L7NNON, King Saints, Mc Carol e Russo Passapusso.

Amor Bifurcado, de Jards Macalé
Dedicado à amiga Gal Costa, Jards Macalé, um dos grandes nomes da MPB, decidiu fazer um álbum sobre o amor. É ainda mais especial já que foi lançado no mesmo ano em que o artista completa 80 anos, 65 deles dedicados à música. Com composições ecléticas, traz também parcerias com Maria Bethânia, Ná Ozzetti e Guilherme Held.

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Letrux Como Mulher Girafa, de Letrux
Em seu 3º álbum solo, “Letrux Como Mulher Girafa”, a cantora Letrux decidiu investir mais em seu lado selvagem, como uma grande metáfora para retratar a selvageria humana. Ao longo das 16 faixas, produzidas por João Brasil, o disco passa por temas como desejo, paixão e até a sobrevivência. A cantora é capaz de combinar o indie, o rock e o pop eletrônico.

Amor Fati, de Mahmundi
“Amor Fati”, ou “amor ao destino”, expressão de Friedrich Nietzsche, é o título do quarto álbum de Mahmundi. Uma forma elegante da cantora em lidar com os fracassos ou com tudo que parece inevitável na vida. Esse também foi o momento em que ela explorou mais as composições próprias, mesclando o eletrônico, o pop e o R&B.

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IBORU, de Marcelo D2
IBORU, em Yorubá, significa “que sejam ouvidas as nossas súplicas”, esse é também o título do novo disco do rapper Marcelo D2. Nele, o cantor e compositor faz uma profunda investigação nos sambas de terreiro e na cultura popular brasileira. E traz parcerias com Alcione, Zeca Pagodinho, Xande de Pilares, entre outros grandes nomes do samba.

Negra Ópera, de Martinho da Vila
Lançado em 12 de maio, véspera do aniversário da abolição da escravatura no Brasil, “Negra Ópera”, de Martinho da Vila, faz uma ode à liberdade, com uma abordagem profundamente melancólica. A canção de abertura, “Abertura Negra Ópera”, é acompanhada da Orquestra Zumbi dos Palmares, regida pelo maestro Leonardo Bruno. Neste disco de samba, o cantor mescla o erudito e popular, numa adaptação do livro “Ópera Negra”, escrito pelo próprio Martinho.

30, de Pato Fu
Fazia algum tempo que a banda Pato Fu não lançava um disco com músicas inéditas. A última vez que fizeram isso foi em 2014. Foi então que no início deste ano lançaram “30”, em homenagem aos 30 anos de carreira da banda mineira comandada por Fernanda Takai. A obra traz baladas mais suaves, alternando entre o indie e a MPB.

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Xande Canta Caetano, de Xande de Pilares
A grande surpresa do ano veio em agosto, quando Xande de Pilares lançou o álbum “Xande Canta Caetano”, no qual realizou uma releitura de clássicos de Caetano Veloso. A ideia do álbum teria nascido em um dos encontros na casa de Paula Lavigne e Caetano. Nele estão canções como “Muito Romântico”, “Alegria Alegria”, “Lua de São Jorge” e “Gente”, que levaram o próprio Caetano às lágrimas. A obra mistura, samba, pagode e MPB.

Menção honrosa:

Terrakota, de Pedra Branca
Grupo de música contemporânea fundado em 2001 por Luciano Sallun e Aquiles Ghirelli, lançou em 2023 o álbum “Terrakota”. Nele, passeiam pelo trance, eletrônico, com um estilo chillout/lounge. Desde que foi criado, o grupo trabalha também com performances e linguagens visuais em suas apresentações.

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