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5 livros infanto-juvenis de Ziraldo que atravessam gerações

O cartunista e mestre da literatura infantojuvenil nos deixou aos 91 anos; Relembre aqui cinco de suas obras mais célebres

Por Redação Bravo!
Atualizado em 18 abr 2024, 10h57 - Publicado em 8 abr 2024, 16h21
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 (Arte/Redação Bravo!)
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Poucos criadores foram capazes de cativar da mesma maneira que o escritor e cartunista Ziraldo Alves Pinto, nosso eterno Ziraldo. “O Menino Maluquinho” é um dos personagens que mais conquistaram as gerações que nasceram e cresceram a partir da década de 1980. De forma travessa e criativa, tanto Ziraldo quanto “O Menino Maluquinho” foram transformadores na sensibilidade, no imaginário e na identidade cultural brasileira.

No último sábado, 6, Ziraldo nos deixou. Tranquilamente, durante o sono, aos 91 anos. Nas redes sociais, uma enxurrada de agradecimentos: de artistas, de outros cartunistas, mas especialmente, de seus leitores, muitos dos quais resgataram os antigos livros como uma medalha da qual se orgulham.

Um de seus grandes legados foi a primeira revista em quadrinhos colorida do Brasil, “A Turma do Pererê”. Inicialmente, as histórias eram publicadas na revista “O Cruzeiro”, a partir de 1959. Com o golpe militar, as histórias foram interrompidas e só voltaram a ser publicadas novamente em 1975, pela Editora Abril. Ele também foi um dos criadores de “O Pasquim”, jornal de oposição à Ditadura. 

Em homenagem ao grande Ziraldo, relembramos cinco obras que marcaram gerações de pequenos leitores:

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(Ziraldo/reprodução)

“Turma do Pererê” (1959)

Como o nome sugere, a “Turma do Pererê” foi uma série de quadrinhos inspirada no folclore brasileiro e na lenda de Saci Pererê. O cenário é a floresta Amazônica e ao lado do nosso anti-herói, outros personagens míticos e animais da região enfrentam diversos desafios. Além da história em quadrinhos, a trama originou uma série de TV.

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(Ziraldo/reprodução)

“Flicts” (1969)

Talvez menos conhecido do que as outras histórias, “Flicts” foi o primeiro livro infantil criado por Ziraldo. Flicts não é exatamente uma pessoa, tampouco um ser mágico, mas uma cor. O seu drama é que ele, que possui um tom próximo ao bege, se sente menos especial do que as outras cores e não consegue se encaixar no arco-íris. Ao fim, uma revelação: embora sentisse que tinha menos valor, Flicts dava cor à Lua.

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(Ziraldo/reprodução)

“O Menino Maluquinho” (1980)

Dizem os boatos que o personagem Maluquinho foi inspirado no próprio Ziraldo. A obra conta as aventuras de um garoto travesso e cheio de imaginação. Acompanhado de sua turma de amigos, ele vive momentos cheios de criatividade e bom humor, explorando o mundo ao seu redor. O livro aborda temas como amizade, infância, família e liberdade. Sucesso imediato desde o seu lançamento em 1980, na Bienal Internacional de São Paulo, já teve mais de 4 milhões de exemplares comercializados. A obra inspirou uma série em HQ nas décadas de 1990 e 2000.

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(Ziraldo/reprodução)

“O Menino Marrom” (1986)

Um dos personagens de Ziraldo que mais reflete a realidade brasileira, “O Menino Marrom” se tornou uma das obras infanto-juvenis mais populares que trata do racismo. Na narrativa, dois amigos, o “menino marrom” e o “menino cor-de-rosa”, refletem sobre as diferenças a partir das dúvidas inocentes sobre as cores.

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(Ziraldo/reprodução)

“Meninas” (2016)

Se nas primeiras obras, os personagens masculinos eram protagonistas, nos últimos anos, as meninas ganharam enredos especiais por Ziraldo. Este livro foi inspirado em “Alice no País das Maravilhas”, de Lewis Carroll. A provocação para a criação da história teria vindo de uma jovem leitora, que questionou Ziraldo sobre o porquê das meninas terem pouco destaque em seus livros. Na sinopse, o autor fala sobre as mudanças que a menina passa até se tornar adolescente.

 

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