O filme “Baby”, dirigido pelo cineasta mineiro Marcelo Caetano, foi anunciado como um dos títulos selecionados para competir na 63ª Semana da Crítica em Cannes. A edição ocorrerá simultaneamente ao Festival de Cannes, programada para acontecer entre os dias 15 e 23 de maio. O anúncio foi feito pelo Sindicato Francês de Críticos de Cinema, que escolheu sete obras entre mais de mil inscritas.
“Baby” é o segundo projeto cinematográfico de Marcelo Caetano — seu primeiro longa foi “Corpo Elétrico” (2017). O filme foi gravado no centro de São Paulo e conta a história de Wellington (João Pedro Mariano), que, após sair de um Centro de Detenção para Jovens, se vê perdido nas ruas da cidade. Durante uma visita a um cinema adulto, ele estabelece uma amizade com Ronaldo (Ricardo Teodoro), um garoto de programa, que o apresenta a novas estratégias de sobrevivência. À medida que a relação entre eles se desenvolve, surge uma paixão marcada por conflitos, oscilando entre exploração e proteção, ciúme e cumplicidade. No elenco estão João Pedro Mariano e Ricardo Teodoro, ao lado de Ana Flavia Cavalcanti, Bruna Linzmeyer, Luiz Bertazzo, Marcelo Varzea, Mauricio de Barros, Patrick Coelho, Kyra Reis, Baco Pereira, Sylvia Prado, Ariane Aparecida, Victor Hugo Martins e Kelly Campello.
Caso vença o festival, será o segundo ano consecutivo em que o Brasil será premiado. No ano passado, o filme “Levante”, de Lillah Halla, que fala sobre o aborto, foi agraciado como melhor filme de estreia.
A estreia mundial de “Baby” está agendada para ocorrer durante a mostra da Semana da Crítica em Cannes, já a estreia nacional está prevista para o segundo semestre de 2024. Além de “Baby”, irão concorrer no festival os filmes “Blue Sun Palace”, dirigido por Constance Tsang (EUA), e “Julie zwijgt” (Julie Keeps Quiet), de Leonardo Van Dijl (Bélgica/Suécia); “Locust”, de KEFF (Taiwan/França/EUA); e “La Pampa” (Block Pass), de Antoine Chevrollier (França); “Rafaat einy ll sama” (The Brink of Dreams), de Nada Riyadh & Ayman El Amir (Egito/França/Dinamarca/Qatar/Arábia Saudita); e “Simon de la montaña” (Simon of the mountain), de Federico Luis (Argentina/Chile/Uruguai).